domingo, janeiro 29, 2006 

Chuva - Mariza

As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudade
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir
Há gente que fica na história da história da gente
E outras de quem nem o nome lembramos ouvir
São emoções que dão vida
À saudade que trago
Aquelas que tive contigo
E acabei por perder
Há dias que marcam a alma
E a vida da gente
E aquele em que tu me deixaste
Não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera
Ai, meu choro de moça perdida
Gritava à cidade
Que o fogo do amor sob a chuva
Há instantes morrera
A chuva ouviu e calou
Meu segredo à cidade
E eis que ela bate no rio trazendo a saudade

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera
Ai, meu choro de moça perdida
Gritava à cidade
Que o fogo do amor sob a chuva
Há instantes morrera
A chuva ouviu e calou
Meu segredo à cidade
E eis que ela bate no rio trazendo a saudade

sexta-feira, janeiro 27, 2006 

Literatura Media

O acento não está a faltar no titulo ao contrario do que possa parecer. Ao passear-me pela secção de livros da FNAC uma verdade atinge-me como nunca. Os livros destacados são como tudo na nossa sociedade, o que os Media assim decidem. Vejo livros sobre a gripe das aves, um fantasma criado para completar os núcleos da novela das 8. Vejo um livro de um autor que só a morte traz para a ribalta. E vejo um livro que só agora merece o comentário: "Não sabia que ele se chamava Aníbal!"(nem os boletins de voto leem, mas agora que foi eleito já é bonito ler um livro) Vejo livros, biografias de gente que só a televisão tornou útil. A vontade de escrever esvai-se com tão tristes prospectos no mundo literário. O melhor é ler.

terça-feira, janeiro 24, 2006 

Coisas



Você é “You Spin Me Round (Like A Record)” dos Dead Or Alive (1984):

Você é uma pessoa exuberante e que não se preocupa demasiado com o que os outros pensam de si. O caminho da normalidade raramente é aquele que você escolhe trilhar. Gosta de se divertir e não se importa nada de ser o foco de todas as atenções.

segunda-feira, janeiro 23, 2006 

O som da nostalgia

Há musicas que sem ser preciso nada me apertam o coração de tal forma que me deixam inutilizado para o resto do dia. Não que sejam necessariamente tristes, mas trazem-me dias que já não são os meus. E a vontade de voltar para trás é imensa, e o tempo não deixa e o coração desfalece.

Banda sonora do post: Japanese Blue - Silje Nergaard

domingo, janeiro 22, 2006 

Descoberta

Após um estudo intensivo posso afirmar que o Alma Mater do Rodrigo Leão faz sonhar muito. Experimentem!

sábado, janeiro 21, 2006 

Banda Sonora do Mês

  1. Stone Sour - Bother
  2. Melo D - Bamboleia
  3. LJS & Pacman - Trova do Vento que Passa
  4. Rocky Marsiano - Jazzy Selectah
  5. Rodrigo Leão - Vita Brevis
  6. Pluto - O 2 Vem Sempre Depois
  7. Jorge Cruz - Balada da Sede
  8. Jorge Cruz - Brincar com o Fogo
  9. Bernardo Sassetti - Capítulo III- Indiferença (Alice BSO)
  10. Corpse Bride OST - Tears To Shed
  11. Cristina Branco - Redondo Vocábulo
  12. Toranja - Nada
  13. Devendra Banhart - A Ribbon
  14. Ayub Ogada - Dicholo (Constant Gardener OST)
  15. Kevin Johansen - La Chanson de Prevert
  16. Africando - Aicha
  17. Crash Against the Cotton - Atomic Bees
  18. David Fonseca - Swim II

sexta-feira, janeiro 20, 2006 

Por muito estranho que pareça

Coisas que eu nunca comprei:
  • Roupa interior
  • Um ramo de flores
  • um jogo de computador
  • Um perfume
  • Um relógio

quarta-feira, janeiro 18, 2006 

Sede

A sede é mais que muita. A canseira de tanto estudo e de tão pouco tempo para mim deixa-me estafado. A lingua de fora como um cão transfigurado. "E nada me diz que eu vá sair daqui". Tudo parece tão efémero, mas ao mesmo tempo tão infinito por muito contraditório que possa parecer. O estudo repete-se dia após dia, e chegados à prova de fogo, ardemos e temos que arrumar tudo dentro da nossa cabeça para arranjar espaço para o proximo. Um série infinita de efemeridades que me deixam o espirito desfeito por não conseguir "arrumar" nada a tempo. E depois? A frustração deixa em mim a emergência de escrever de me sentir realizado em alguma coisa. Resultado: Muitos posts, poucas cadeiras feitas.

Banda sonora actual: Balada da Sede - Jorge Cruz

terça-feira, janeiro 17, 2006 

Guardo os defeitos que me atam ao chão

Sou preguiçoso. Demais para estar na universidade, demais para ter de estudar o que tenho. Só não tenho preguiça para escrever mas nem sempre tenho tempo. No meio de exames e o estudo que finjo fazer acabo por não escrever tanto quanto me apetece e o resultado é frustraçao. Hoje cometi uma loucura. Daquelas que costumo cometer quando não tenho exames mas agora tenho. Cansado de procurar um lugar para estacionar a minha impetuosidade levou a melhor e acabei junto ao mar com um chocolate, um cigarro e a maquina para escrever. E talvez por ser uma loucura o que de mim saiu foi algo que até a mim me surpreendeu. Só reconheço pequenos flashes e parece-me estranho que tenha sido eu a escrever aquilo. Não que esteja mal, ou demasiadamente bem, mas porque a inspiração operou em mim maravilhas que não julgava possiveis no meu grau de escrita. O problema é que agora sinto que voltei a negligenciar o estudo. E a escrita nunca vai ser o meu ganha-pão. Mas "num mundo onde tudo parece estar certo" não consigo deixar de me agarrar ao chão e resistir à multidão que por mim passa a correr. Sei que vou ser calcado, mas faltam-me as forças e a vontade para correr no meio de uma multidão. Nunca fui de multidões. A não ser que esteja no sentido contrário. A ver vamos se consigo andar. Está dificil...

segunda-feira, janeiro 16, 2006 

Novo Cavaleiro

Hoje ordenei-me cavaleiro. Deste espaço faço escudeiro para me apoiar e para relatar pequenos pedaços dos dias numa cidade. Não que este espaço vá anular a "Viagem" que venho fazendo mas sim complementar a minha necessidade criativa num espaço mais "liberto" de um determinado tipo de escrita mais ficcional e cuidada. Este espaço é mais blog na sua essência, um género de diário de bordo do meu mar.