quinta-feira, abril 26, 2007 

Vinte e Cinco

Volvido o dia, volvido o aniversário, volve-se as faixas e os cravos. Esquecem-se lutas e história. É o que me entristece em tudo isto. O 25 de Abril é hoje um cravo que se usa na mão na lapela ou no cabelo, mas que no dia seguinte está no caixote do lixo. As palavras ditas em palanques e palcos perdem-se no meu das canções que o povinho tão avidamente dança e canta. Perde-se a luta de homens que viviam cada dia como ultimo sem terem medo de perder a sua vida em nome de uma revolução que além de necessária era urgente. Não só para nós como para toda uma África ensanguentada.
Mas hoje já tudo se esquece. Já se diz que o que era preciso era outro Salazar. Vota-se para que ele ganhe concursos. Chama-se fascistas a pessoas com ideiais diferentes sem perceber que foi para acabar com atitudes dessas que se fez uma revolução. Amontoam-se no lixo cravos. Amontoam-se no lixo ideais. Amontoa-se no lixo tudo o que representa verdadeiramente o que os homens vestidos de verde fizeram na madrugada de 25 de Abril de 1974.



Àguas
E pedras do rio
Meu sono vazio
Não vão
Acordar
Àguas
Das fontes
calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar

Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Àguas
Das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar

Àguas
Do rio correndo
Poentes morrendo
P'ras bandas do mar
Àguas
Das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar

Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Àguas
Das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar

Balada do Outono - José Afonso

quinta-feira, abril 12, 2007 

Kanimambo

E foi com este senhor que eu conheci uma das musicas que marca a minha vida. Ter a capacidade de fazer isto como apresentador de um programa em directo é algo que só um grande actor e comediante consegue.

Também eu chorei.

quarta-feira, abril 11, 2007 

Eu vou


























No São João dia 18 de Maio. Antes disso rever o D.João de Moliére. Mas o que eu gostava mesmo era de trabalhar no TNSJ.