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terça-feira, janeiro 17, 2006 

Guardo os defeitos que me atam ao chão

Sou preguiçoso. Demais para estar na universidade, demais para ter de estudar o que tenho. Só não tenho preguiça para escrever mas nem sempre tenho tempo. No meio de exames e o estudo que finjo fazer acabo por não escrever tanto quanto me apetece e o resultado é frustraçao. Hoje cometi uma loucura. Daquelas que costumo cometer quando não tenho exames mas agora tenho. Cansado de procurar um lugar para estacionar a minha impetuosidade levou a melhor e acabei junto ao mar com um chocolate, um cigarro e a maquina para escrever. E talvez por ser uma loucura o que de mim saiu foi algo que até a mim me surpreendeu. Só reconheço pequenos flashes e parece-me estranho que tenha sido eu a escrever aquilo. Não que esteja mal, ou demasiadamente bem, mas porque a inspiração operou em mim maravilhas que não julgava possiveis no meu grau de escrita. O problema é que agora sinto que voltei a negligenciar o estudo. E a escrita nunca vai ser o meu ganha-pão. Mas "num mundo onde tudo parece estar certo" não consigo deixar de me agarrar ao chão e resistir à multidão que por mim passa a correr. Sei que vou ser calcado, mas faltam-me as forças e a vontade para correr no meio de uma multidão. Nunca fui de multidões. A não ser que esteja no sentido contrário. A ver vamos se consigo andar. Está dificil...

About me

  • Sir Celi M. M.
  • Do condado do Porto, Portugal
  • Digo e afirmo:"Devia perguntar-me porque escrevo isto. E por vezes pergunto-me realmente: nunca sei bem. O que é verdadeiro não se sabe porque é, e quando se sabe porque é, já não interessa, porque já foi. Escrevo como respiro, por uma conformação especial do meu corpo, que é curioso." Vergílio Ferreira in Alegria Breve
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